Então, oh Leonor, conta-nos lá, como fazes a alimentação nas férias com os teus miúdos? Levas a comida toda de casa? Fazes tudo no vosso alojamento de férias? E os gelados? E as bolas de berlim?

Bom, já conto com 6 férias de Verão com crianças. A tendência tem sido a descomplicar cada vez mais. Os miúdos estão maiores e começo a dar mais importância às memórias que criam das suas férias, do que propriamente aos pratos imaculados, que preparo para comerem nessa altura. E bem, são 2 semanas em 52 semanas num ano (cerca de 4% do ano). Não serão estes 15 dias fora de casa e das nossas rotinas, que irão destruir o trabalho dos outros 350 dias. 

No nosso primeiro Verão com crianças, ficámos num hotel. Tinha a Luísa 6 meses e estava no início da alimentação complementar. Nestas férias acordei mais cedo, preparei sopas para todos os dias (só comia sopa ao almoço), levei numa mala térmica e pedi ao hotel para congelar. Ao pequeno-almoço pedia um boião de sopa para ir descongelando até ao almoço. Coloquei as datas em todos o boiões e davam-me sempre o certo. Levei uma chaleira eléctrica, que utilizei para ferver água, que tanto usava para aquecer a sopa em banho-maria, como para preparar papas do lanche (nesta altura ainda estava “rendida” às papas de pacote). Não gostámos de ter que sair do hotel sempre que queríamos comer, e, por isso, optámos por ficar em apart-hotel daí para a frente.

No segundo Verão, tinha a Luísa 18 meses e a Tete já vinha a caminho. Ficámos em apart-hotel, onde fazíamos a maioria das refeições, mas fizemos várias refeições fora de casa. Normalmente dava uma porção de sopa à Luísa antes de sairmos e no restaurante comia o mesmo que nós. Outras vezes comia a sopa do restaurante mesmo. Acho que foi o último Verão, que me senti verdadeiramente de férias. 

Começou a ficar mais complicado comer fora de casa, com o nascimento da Teresa. A partir do terceiro Verão as idas a restaurantes foram quase nulas e comíamos sempre em casa. Foi a partir deste Verão que senti que passava o tempo todo a cozinhar e não aproveitava nada das férias. E começou o processo de simplificar e descomplicar. Começámos a optar por saladas, sanduíches, muita fruta à mistura. Mas uma parte de mim, ainda vivia obcecada com os pratos equilibrados e completos.

Sinto, que ainda não usufruo o suficiente das minhas férias, como devia. Só tenho estas duas semanas por ano, para viver os meus filhos em pleno, sem preocupações, e não posso continuar a ficar obcecada com a alimentação deles. Este ano, o pai proibiu-me de cozinhar nas férias! Só sopa e o resto ou faço comidas frias, ou vamos buscar a um take-away

Não acho que sejam estas duas semanas, que vão definir a alimentação deles, os bons hábitos e as escolhas sensatas que fazem. Vão ser duas semanas que vão ter o pai e a mãe a 100% para eles e a alimentação vai ficar para segundo plano (ou terceiro).

Um concelho de quem vai para o 7º Verão com miúdos: descompliquem! Usufruam ao máximo e “descuidem-se” da alimentação.

 

 

 

Ah! Os gelados e bolas de berlim… todos os dias! 😉 Boas férias!

 

 

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