7 dicas para festas de aniversário em casa

by Leonor Cício 10 Janeiro, 2018

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Ora, a Luísa vai fazer 6 anos, o que quer dizer que há 6 anos que faço festas de aniversário em casa, que já totalizaram neste momento 9 festas de aniversário! Ufff… E porque faço em casa? Porque gosto de preparar tudo, de estar no nosso ambiente familiar, de ser pequeno e com poucas pessoas.

Como partilho aqui pelo blog, as nossas festas têm sempre um tema, decorações a condizer, comida caseira e deliciosa. Parece que dá uma grande trabalheira… e dá! Mas estes 6 anos e 9 festas fizeram-me aprender muito sobre organização, que faz com que agora tudo corra tranquilamente, sem grande stress e ansiedade. Já há muita experiência envolvida, um padrão que se repete e que me garante que vai correr tudo bem!

Reuni toda a minha sapiência, em 7 pontos para vos ajudar na vossa organização de festas de aniversário em casa. Vamos a isso?

1. Conhecer bem o espaço da festa

Seja em casa, na sala do condomínio, na garagem, importante conhecer o espaço em que vão fazer a festa. Perceber se podem colar coisas na parede, que materiais utilizar para o fazer, a quantidade de decorações, dimensões, etc.

Já tive os dois lados da medalha. Na primeira festa da Luísa, ficou tudo muito nuinho. Gostamos de dizer que estava “simples”. Ora… não, estava mesmo tudo muito despido. As decorações eram pequenas e poucas e não enchiam a sala. No ano seguinte aconteceu o oposto: tudo em demasia. Demasiadas decorações, demasiada comida, demasiado tudo. Com o tempo fui aprendendo a fazer a conta certa de tudo, para ficar bem equilibrado.

2. Conhecer bem as vossas capacidades

Esta é fundamental! Já ouviram a expressão “ter mais olhos que barriga”? Ou “dar um passo maior que a perna”? Pois. Facilmente caímos na tentação de desejar fazer este mundo e o outro, cheias de ideias tiradas do Pinterest, boards de inspiração e afins. Tenham bem noção de que conseguem ou não fazer, seja na complexidade ou quantidade das tarefas.

Já me aconteceu ficar a fazer noitada para conseguir fazer tudo o que queria, por o meu pai a fazer recortes e colagens, estar a tirar o bolo do forno com os convidados a entrar em casa. Não vale a pena! É importante estarmos relaxadas e desfrutar da festa.

Façam uma lista de prioridades, do que é realmente importante para vocês que esteja na festa e foquem-se nisso. Depois, podem ter algumas tarefas que façam caso haja tempo, ou disponibilidade.

E não tenham medo de pedir ajuda, de contratar um serviço de decoração, se realmente tesouras e pistolas de cola quente não é a vossa praia. A festa não ficará menos charmosa e catita por isso 🙂

3. Ter um bom set de básicos

Um bom prato para o bolo, pratos de servir, expositor de queques, frascos, copos, travessas, etc. Optem por cores neutras, que vos sirvam para adaptar a diferentes festas e diferentes temas. Eu tenho tudo em branco, de linhas direitas, facilmente consigo ajustar a qualquer decoração que faça. É um investimento que fazem uma vez e usam de festa para festa ao longo de vários anos.

Para mim é essencial:

um prato de bolo com pé branco ou transparente, para ficar no centro da mesa em destaque;
pratos e travessas brancas ou transparentes;
expositor de queques branco;
garrafas e/ou jarros de vidro para bebidas;
frascos e aquários, de tamanhos variados;
taças de vidro ou de louça brancos, para toppings de alguns pratos, ou pequenas coisas.

Tenho usado muito os frascos em decorações nas festas ultimamente. Encho-os com elementos alusivos ao tema e fazem centros de mesa muito engraçados e com pouco esforço.

O mesmo se aplica a pratos! Tenho sempre os clássicos da festa, que nunca falham. Depois vario dois ou três pratos de festa para festa. Os queques são obrigatórios (há pessoas que só vêm por causa deles), os salgadinhos da minha mãe, as espetadas de fruta do meu pai. Depois vamos fazendo pequenas variações, já fiz numa festa cake-pops, folhadinhos, quiches… na festa do Francisco experimentámos mini-pizzas e foram um sucesso!

4. Fazer listas detalhadas

Façam listas, várias listas de tudo. A comida que vão ter, os ingredientes que precisam para cada prato, os passos (se precisam de ir ao forno, se precisam de creme). Ajuda-vos a manter tudo organizado, a distribuir tarefas por dias, a serem mais conscientes a nível de orçamento e quantidades. Até podem começar a criar uma base de dados com os vários pratos e os ingredientes que precisam, assim é só compor os menus e ficam com as listas feitas (falo por mim que organizo 3 festas por ano e tenho um repertório de receitas grandinho).

Listas nos dias que antecedem com tarefas, convidados, de compras. Listas no próprio dia. Listas, listas e mais listas.

5. Programar tarefas atempadamente

Pensem na festa com tempo. Pode parecer disparatado, mas cá em casa as festas são pensadas com 1 ano de antecedência. Bom, basicamente as miúdas ficam tão entusiasmadas com as festas, que começam logo a planear a próxima. Isto ajuda a aproveitarem decorações fora da época (já experimentaram comprar flocos de neve em Março?), ou aproveitar uma ou outra pexinxa, aproveitar saldos, ou pedir ajuda a amigas.

A médio prazo, programem alguns serões ao longo das semanas que antecedem a festa, para preparar algumas decorações, ou pratos que possam ser congelados (salgadinhos, por exemplo). Assim, ficam com várias coisas feitas, quando chegar a altura da festa.

Nas vésperas da festa, façam os pratos que podem ficar de um dia para o outro: bolos, queques, bolachas, mousses, gelatinas. Deixem para o próprio dia, apenas os pratos que precisam de ser consumidos logo após serem preparados, como sanduíches, espetadas de fruta, ou salada de fruta.

Programar é fundamental, sobretudo se tratarem da festa sozinhos, ou com muito pouca ajuda!

6. Simplificar

Simplificar, depurar! Cinjam-se a poucos elementos, mas bem feitos. Uma ou duas cores no máximo, um ou dois materiais. Quanto mais elementos de diferente natureza adicionam, correm o sério risco de ficar uma grande ensalganhada. Já passei por isso. Fiz tantas, tantas, tantas coisas, e no dia da festa ficou metade de lado, porque não combinavam!

Normalmente tenho um elemento central em mente e trabalho a partir daí. Como foi o caso dos barquinhos de papel na festa do Francisco, ou as folhas da selva da última festa da Luísa. Às vezes basta ter muitos exemplares do mesmo elemento, que combinados e configurados de diferentes maneiras, dão outro toque à decoração.

7. Improvisar

Não toca a todos, mas é preciso uma boa capacidade de improvisação na hora H. Ou um plano B. (estou a usar muitas letras isoladas)

Muitas das minhas melhores ideias surgiram de improviso. Lembro-me agora de repente da yogurt-bar na festa da Tete!

Uma receita que falhou e deixou aquele espaço da mesa vazio. Peguei em frutas, granola, cereais, iogurte, que as pessoas combinavam como desejavam. Foi muito apreciado por todos!

Improvisar na decoração (tantas vezes que as minhas bandeirolas caem na hora de cantar os parabéns). Gostava que tudo fosse lindo e perfeito, mas há sempre imprevistos.