Hoje termina a minha experiência social de dizer que sim a tudo o que as miúdas pediam. Se não sabem do que estou a falar, vejam este post que escrevi há uma semana atrás.

Concluí duas coisas fundamentais com esta semana de experiência. Primeiro, que não digo que não assim tantas vezes, para parar e dizer que sim. Temos aqui um bom compromisso entre o que elas querem e o que nós achamos ser importante para elas. Segundo, estes pequenos seres humanos podem realmente surpreender-nos!

Os pontos altos da nossa experiência.

Li 2 histórias por noite

Há por hábito cá em casa ler-lhes histórias antes de elas dormirem. Normalmente só lemos uma, que elas escolhem à vez. Mas é sempre um dilema, pois elas nunca se entendem numa história. Perguntam sempre se posso ler duas, que normalmente nego, por cansaço meu, por já ser tarde, por elas estarem exaustas e todas as desculpas que eu consigo arranjar para mim própria. A verdade, é que elas desejam cada uma ouvir a sua história. E nestes dias que li 2 histórias as duas ficaram deliciadas em ouvir.

Pediram sempre sopa

Nunca lhe neguei sopa, atenção! Mas houve dias que, principalmente a mais velha, dizia que não queria sopa e eu lá a convencia a comer. O meu maior medo nesta semana, foi que ela pedisse para não comer sopa e eu tivesse que dizer que sim. Mas não! Sempre que questionei o que seria o jantar, as duas em uníssono diziam “SOPA…”. O resto do menu foi sempre bastante normal, sendo que a coisa mais estranha que pediram foi ovo mexido com massa. Nada de estranho. 

Conclusão, quando são elas a escolher, nunca excluem a sopa. Mas quando sou eu a oferecer, a conversa é outra. Solução: deixa-las sempre escolher e não há dramas! 🙂

Aprendemos grego

Sobretudo a Luísa, faz pedidos bastante esotéricos ao final do dia. Como construir fogetões a partir de garrafas de água, às 20h27 e coisas semelhantes. Esta semana, por causa de um menino da escola dela que é grego, ela pediu para aprendermos a falar grego, para ela falar com ele. Normalmente, eu arranjaria uma forma de não o fazer, dado o avançar da noite. Mas como estávamos na semana do SIM, dei por mim de telemóvel na mão, com um quase curso de grego aberto, enquanto lhes vestia os pijamas. Aprendemos que “bom dia” se diz “kalimera” e “boa tarde” é “kaliespera”. Combinámos que iríamos aprender uma palavra nova por dia. 

 

De resto, a semana correu com uma certa normalidade. Aprendi a estar mais atenta aos seus pedidos e a avaliar realmente se é possível de concretizar. Talvez brevemente consigamos fazer um fogetão de garrafas de água antes de ir dormir. 

 

fot daqui: https://www.huffingtonpost.com/marina-sbrochi/3-reasons-why-you-shouldn_2_b_2346818.html