Alimentação complementar: BLW vs Tradicional
Já contamos 3 meses desde que o baby-boy começou a alimentação complementar. Como relatei por aqui antes, adoptámos uma abordagem baby-led weaning, com o apoio à distância (via e-mail) da querida Gill Rapley.
Hoje parei e resolvi observar que diferenças sinto entre o Francisco e as irmãs, que tiveram uma introdução a alimentação complementar tradicional (sopas, papas, etc). Revi fotos e vídeos que fiz delas, fiei-me nas minhas memórias e preparei este post com as diferenças claras que senti no bebé, entre o BLW e uma abordagem tradicional.
Aceita melhor a fruta
Desde o primeiro dia, que o Francisco é muito mais receptivo à fruta, que alguma vez as irmãs foram. Lembro-me que com a Luísa, a mais velha, demorámos largas semanas até conseguir que ela aceitasse algum tipo de fruta em puré. A sopa sempre foi bem aceite, a fruta, nem por isso. Agora me lembro, que a fruta que melhor comeu, foi nas primeiras férias dela (com 6 meses), em que mordiscava melão ou melancia, enquanto tomávamos o pequeno-almoço (os sinais ali tão claros e eu não dei por eles). Com a Tete, correu um pouco melhor. Lembrada da experiência com a irmã, comecei a oferecer frutas bem molinhas aos pedaços.
Mas nada se compara ao baby-boy. Ao ponto que não posso ter a fruteira à vista dele, ou tenho braços esticados e gritos histéricos dele, para que lhe dê alguma coisa! Come toda a fruta e nunca torceu o nariz a nenhuma.
Motricidade fina mais desenvolvida
Esta é bem clara na minha memória. Lembro-me de oferece alimentos aos pedaços à Luísa com 9 meses e ela não conseguir sequer pegar. Já o Francisco consegue ir ao nível do bago de arroz. A pinça ainda não está perfeita. Mas a motricidade fina dele está bem mais desenvolvida, que a das irmãs nesta idade. Não me espanta que seja por causa do BLW, pois requer que ele desenvolva rapidamente cada movimento, para conseguir comer mais e mais coisas.
Desde os 8 meses dele, deixei de colocar grandes pedaços de comida e passei a colocar pedacinhos pequenos, já que ele consegue pegar e comê-los assim. Suja-se muito menos e há menos desperdício de comida.
Mais desconfiado e receptivo a comida nova
Pode parecer paradoxal, mas é o que sinto. Por um lado, como consegue distinguir cada alimento, é muito mais desconfiado, quando algo novo aparece. Mas ao mesmo tempo, como comemos o mesmo que ele, sente-se mais seguro e confiante em experimentar. É giro vê-lo a olhar para o tabuleiro dele e para o nosso prato, identificando cada alimento. E só experimenta o alimento novo, depois de nós comermos o nosso e garantir que não ficamos verdes!
Com as meninas não senti tanta desconfiança, quando oferecia coisas novas. Como depois dos 7 meses fazia os pratinhos de açorda, farinha-de-pau, etc, os pratos acabavam por ficar todos muito idênticos. Também, como a comida delas sempre foi diferente da nossa, nunca estabeleceram grande relação entre o que comíamos e o que lhes era servido.
O veredicto
Do ponto de vista alimentar, não sinto que as irmãs comessem melhor ou pior que o Francisco, devido à abordagem tradicional da introdução da alimentação complementar. Sinto que todos comem, ou comiam, igualmente bem, comparando esta idade. Para já, e tirando os factos que mencionei acima, não consigo decidir para mim, qual é a melhor abordagem para a introdução da alimentação complementar. Daqui a uns meses, volto a reflectir sobre este assunto 😉
O veredicto após 9 meses de baby-led weaning
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