Há uma imensidão de tipos e variedades no mercado, que se torna quase impossível escolher iogurtes para bebés e crianças.  

Iogurtes no mercado

Vou listar os tipos de iogurtes, começando pelos que considero mais indicados e terminando naqueles que julgo não serem opção. Focar-me-ei apenas nos derivados de leite de vaca, pois são os mais consumidos e oferecidos a bebés e crianças.

Iogurte natural – para mim, é o iogurte mais “autêntico” (à falta de melhor designação). É o que escolho para oferecer aos meus filhos. Deverá ter apenas leite pasteurizado e fermentos lácteos e deverá precisar de frio para se conservar. O sabor poderá não ser do agrado de todos. Mas quanto a mim, é preferível adoçar em casa com fruta, compotas, geleias, controlando a quantidade, em vez de comprar já adoçados. Infelizmente só existem iogurtes sólidos naturais sem açúcar. Os iogurtes naturais líquidos são açucarados. Por isso, optei por fazer em casa. Se souberem de iogurtes naturais não açucarados líquidos, digam-me! 🙂

Iogurte natural açucarado – normalmente é idêntico ao iogurte natural, mas com adição de açúcar (bastante) na sua constituição. Dentro dos açucarados, que serão todos à excepção do natural acima mencionado, será uma opção melhor, sem corantes, nem conservantes.

Iogurte de aroma – um iogurte açucarado e com adição de aromas, muitas das vezes artificiais. Poderão ter adição de corantes também. Quanto a mim, é sempre preferível adicionar sabor em casa, ou com fruta, compotas, geleias. 

Iogurte de polpa – uma variante de iogurte mais doce e mais cremosa. Para além da adição de açúcar, muitas marcas recorrem à adição de natas e amido (para aumentar a cremosidade), emulsionantes, e corantes para as cores vivas do iogurte. Em relação ao que deve ser um iogurte, já foge bastante do conceito original.

Iogurte de pedaços – São bastante semelhantes aos iogurtes de aroma e de polpa, contendo pedacinhos de fruta. No entanto, recorrem a açúcar, aromas e corantes para melhorar o sabor e aspecto do iogurte.

Iogurte infantil ou para bebés – tem vindo a ser um tipo de produto muito popular dos últimos anos. Contudo, apesar de serem feitos com leite de transição (que é feito a partir de leite de vaca) em vez do leite de vaca pasteurizado, são excessivamente carregados de açúcar, que não é de todo desejável.

Sobremesas lácteas – os famosos “iogurtes” que não precisam de frigorífico, que na verdade é um leite fermentado. Se todos os outros precisam, porque estes não precisam? Já pensaram nisso? A resposta é simples, este tipo de leite fermentado só tem um tipo de bactérias. As bactérias dos iogurtes convencionais precisam de frio para se manterem viáveis (vivas). Se este tipo de sobremesas lácteas, ou leite fermentado, não precisa de frio, não contém as bactérias fundamentais vivas benéficas ao nosso organismo, perdendo assim todos os benefícios que um iogurte original tem.

Queijinhos ou petit-suisse – estes produtos que têm nomes comerciais acabados em “-inho”, estão longe de um iogurte. Normalmente são queijos, ou mesmo leites emulsionados com amido. Alguns podem conter fermentos, mas serão sempre a versão mais afastada possível do iogurte propriamente dito. 

Iogurtes vegetais

Existem ainda iogurtes vegetais, que usam os mesmos fermentos do leite de vaca. Tal como os de origem animal, os iogurtes vegetais têm variações, sendo o natural o mais livre de adições de açúcar, aromas e corantes. 

Os iogurtes vegetais são uma boa opção para crianças com alergia à proteína de leite de vaca, forte intolerância à lactose, ou por opção da família (vegetariana ou vegana). 

Iogurtes caseiros

É possível fazer iogurtes em casa, por meio de uma iogurteira, ou abafando a mistura, criando um ambiente propício à proliferação e fermentação das bactérias. Normalmente é utilizado leite de vaca e um iogurte, que terá bactérias suficientes para transformar o leite em mais iogurte. É possível também adquirir estes fermentos isoladamente. 

Uma coisa é clara: um iogurte requer fermentação e a fermentação leva tempo. Dificilmente uma receita que não toma o tempo necessário para a proliferação e fermentação de bactérias (cerca de 6h-10h dependendo do ambiente), resultará num verdadeiro iogurte e de todos os benefícios que este tem para nos dar. 

O mesmo se aplica aos iogurtes vegetais caseiros. Os fermentos usados nas bebidas vegetais, para iogurtes vegetais, não o conseguem resultar em iogurtes espessos e cremosos com todas elas. Estes serão mais espessos e cremosos, quanto mais proteico for o leite vegetal utilizado, como o de soja, ou se coco. Muitas vezes são utilizados adjuvantes à solidificação, como gelatinas, ou agar-agar, para auxiliar a obtenção da consistência desejada. Ou pode-se terminar com uma bebida vegetal fermentada, em estado líquido.

 

Ao escolher iogurtes para bebés e crianças, deve-se ter em atenção a lista de ingredientes e optar por produtos sem açúcares adicionados, ou o mínimo possível, sem conservantes, aromas e corantes artificiais, ou ingredientes impronunciáveis. O clássico iogurte natural é sempre uma melhor opção, dentro dos iogurtes comerciais.

 

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