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No sábado organizei uma pequena festa, para comemorar o primeiro aniversário da T. junto da família e dos amigos mais queridos. Quando finalmente me enfiei na cama, com os pés a latejar dos quilómetros que fiz entre a cozinha e sala, e o meu cabelo sem cheiro a bolo, deparei-me com este artigo do Público. Nem de propósito, eu, em plena “ressaca” de uma festa de aniversário, a ler um artigo sobre festas de aniversário. Não podia deixar passar, sem dar a minha opinião sobre este assunto.

Pessoalmente, tenho imenso gosto em organizar as festas das miúdas, e outras festas que tais. Gosto de imaginar, conceber, preparar, executar. Mas tal como há pessoas como eu, que se dão ao luxo de não dormir umas quantas horas durante uns dias, para cortar umas formas de papel e embalar bolachas caseiras, há outras que estão no outro extremo do espectro, e que não tiram tanto prazer como eu em preparar todo este aparato. Preferem soluções mais práticas, que não envolva terem que acampar na cozinha dois dias antes da festa. Compreendo perfeitamente. 

Não o faço por uma questão económica. Tenho mesmo prazer em fazer tudo (não fiz as gomas, pronto). Podem-me chamar masoquista, que não me importo, a minha mãe fá-lo recorrentemente, sublinhando que nunca me preparou festas assim, e eu sou uma adulta perfeitamente normal (diz ela…). De facto, do que conheço, as festas de aniversário em casa, ficam mais em conta que aquelas fora de casa. Mas, do que conheço também, as festas fora de casa, em locais em que se promovem actividades para as crianças (que já fui), são giras para caramba, e os miúdos adoram!! Até eu se fosse miúda iria delirar. 

Gosto de acreditar que a L. e a T. vão querer sempre fazer as festas em casa. E um dia, quem sabe, ajudar na elaboração das suas próprias festas. Sinto-me capaz de as encaminhar nesse sentido, e de as guiar na preparação das suas festas. Mas, inevitavelmente, prevejo que com o tempo, e com a frequência em festas de amiguinhos, me comecem a pedir para fazer as festas naqueles locais da moda, onde todos os meninos fazem as suas festas. Não sei como vou lidar com isso, sobretudo não quero que se sintam frustradas ou desiludidas se isso não acontecer. Prefiro mostrar-lhes tudo o que tem de bom fazer as festas em casa, em detrimento de fazer fora de casa. Será igualmente divertido, para além de que será diferente!

Não posso terminar este post, sem deixar algumas dicas que sigo religiosamente na preparação das festas de aniversário das minhas miúdas.

1º – Escolher um tema. Ajuda-nos a delinear as decorações, as cores a usar, e a ter uma referência, quando passamos por alguma loja. Normalmente opto por um tema vasto, com muitas opções, e dependendo da oferta que encontre para decorações, defino melhor. Por exemplo, para a festa da T. pensei na Primavera (tema muito comum para nascidos depois de 21 de Março): flores, passarinhos, borboletas, e tudo o que a estação nos possa oferecer. Com o tempo, e conversa com amigas, uma emprestou-me muitos adereços com borboletas, encontrei borboletas de cartão no IKEA, enfim, foi-se tudo compondo nesse sentido. A minha sugestão é que, enquanto forem pequeninos, e forem vocês a escolher os temas, optem por coisas que vocês gostam mesmo, deixem as festas de bonecadas para quando eles forem mais crescidos e pedirem.

2º – Definir a ementa. Decido a ementa com várias semanas de antecedência, mas não impede que ajuste algumas coisas à última da hora. Normalmente, as festas que organizei foram à tarde, à hora do lanche. Mas também já fiz por volta da hora de almoço, e claro, tudo isso tem de ter ajustes. Enquanto os lanches apontam mais para sandes e bolinhos, os almoços ou lanches ajantarados, envolvem mais salgadinhos, quiches e doces de colher. Elementos que tenho sempre presentes são os queques, toda a gente gosta e ajuda imenso a compor uma mesa. 

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Os expositores de queques há muitas lojas e nos mais variados feitios, para mim é um must have para quem faz muitas festinhas em casa.

3º – Programar a comida em unidoses. Faço sempre isto, e dá um jeitão! Não tenho facas ou colheres na mesa para as pessoas se servirem, a sujarem tudo. Faço tudo em doses que se possa pegar e comer em uma ou duas dentadas, ou então doces de colher já doseados. Não se preocupem se acham que estão a limitar a quantidade que cada um come, porque se quiserem comer duas mousses, comem duas mousses sem rodeios. Outra mais valia desta ideia, é que há muito menos louça no fim para lavar (yey!!). Para terem uma ideia, no final de uma festa, cá em casa sobram os pratos de servir, e a faca de cortar o bolo para lavar. 

4º – Tirar o máximo partido de artigos que não são de festa. Tudo o que se compra numa loja da especialidade, é à partida bem mais caro que numa que não é. É como aquela coisa do “para bebé”, um creme custa xis, um creme PARA BEBÉ custa o dobro ou o triplo. Procurem nos lugares menos óbvios, onde podem encontrar artigos para festas a custo reduzido. Os grandes hipermercados têm muita coisa, actualmente, o IKEA também começa a ter, a loja CASA, o Espaço Casa, uma loja que frequento muito é a TIGER, que tem muita coisa a preços muito baixos. Algumas destas lojas têm colecções temporárias, por isso, tentem programar com muita antecedência as festas, e irem passando para ver se tem alguma coisa que interesse. Outra sugestão é usarem itens mais originais e que dão sempre um toque de charme às festas: flores, fotografias do bebé (que é um ótimo motor de conversa entre convidados), posters com dados e factos do bebé, etc. 

5º – Usar a imaginação. Uma ou duas ideias chave, podem tornar uma festa banal em algo giro e original. A internet está recheada de ideias, o Pinterest é uma ótima ajuda. Mas não vamos cair na tentação de ter 20 coisas espetaculares e brutais, ou poderá tornar-se uma verdadeira ensalganhada. Guardem essas ideias para futuras festas, pois muitas mais estão ainda para vir.